Já chegou o final de dezembro por isso hoje eu lembrei daquela listinha que a gente faz no começo de todo
ano que chega, se enganado, se prometendo, se iludindo que será tudo
diferente quando na realidade quase nada muda.
E
reler a lista de vez em quando, quem faz? Quem lembra ao longo do ano
do que se comprometeu lá no réveillon? A gente se engana que vai
finalmente fazer isso ou aquilo, por quê? Pra quem? De que forma uma
listinha feita as pressas antes da balada da virada ou da janta em
família, se torna realidade?
Arranjar
um namorado? Fora da lista (Agora não preciso mais, rsrsrs). Comprar um carro? Fora da lista. Com o
passar dos anos fui sendo mais honesta comigo e diminuindo minha lista
de afazeres anual. Até emagrecer aqueles dez malditos quilos a mais eu
excluí da coitada. Fui assim me aceitando mais, aceitando mais o acaso e
desejando menos o impossível. Quase nada do que acontece em nossas
vidas é planejado. A gente até se engaja em fazer acontecer vários dos
pontos, como por exemplo procurar um emprego, mas onde
você acaba trabalhando, só o destino sabe.
É
tanta atribulação no dia a dia que mal dá tempo de colocar em prática a
lista da semana, quiçá do mês. Por isso joguei minha lista de
resoluções do ano novo pro alto e bati palma, larguei mão e não me
arrependo. Me desapeguei desse ato cultural que tantos fazem para nada.
Ou melhor, preenchem o ritual da passagem de ano com simbolismos cada
vez mais vazios de significados. Porém, tiro meu chapéu com louvor pra você que leva de fato a cabo a lista, you are the champion!
Viver
o aqui e o agora, sem lista alguma me guiando, é a maior das lições que
a vida já me deu. Então relaxe e FELIZ ANO NOVO!